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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Daniel Zen diz que decisão de Bolsonaro de manter fusão de ministérios é perversa

O deputado Daniel Zen (PT) disse na sessão desta quarta-feira (31) que a decisão do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de manter a fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente é ‘perversa e cruel’ do ponto de vista econômico e ambiental. Ainda segundo o parlamentar, a medida trará grandes prejuízos comerciais, econômicos, tributários e administrativos ao país.

“É incrível que em menos de 72 horas o presidente eleito consiga tomar medidas tão equivocadas. A decisão causou desespero aos ambientalistas e aos membros do agronegócio, e não é para menos. Essa medida é cruel e perversa demais e com certeza trará grandes prejuízos comerciais, econômicos, tributários e administrativos”, disse.

O deputado falou ainda que a fusão dos ministérios poderá atrapalhar o Brasil em relação ao ‘Acordo de Paris’. O tratado busca a redução das emissões de gases do efeito estufa para manter o aumento da temperatura média da Terra abaixo de 2°C.

“A medida também trará prejuízo à participação do nosso país no Acordo de Paris, e isso é lamentável. Acho que equipe de transição do novo presidente não está conseguindo avaliar as graves consequências dessas decisões que estão sendo tomadas na pressa. Anunciar uma medida que na verdade não trará nenhum tipo de benefício ao povo brasileiro é muito preocupante. É drástica demais”, frisou.

Outra decisão do presidente Bolsonaro que causou ‘estranheza’ a Daniel Zen foi o convite feito por ele ao deputado Alberto Fraga (DEM/DF), para assumir a secretaria de governo. “Pois é, Alberto Fraga foi condenado a quatro anos de prisão em regime semiaberto por corrupção, interessante né? Será que as coisas vão mudar? Só se for para bem pior. O mais curioso é que já tem muita gente arrependida por aí, três dias depois das eleições e já tem gente chorando. Amigos meus, funcionários de estatais, todos preocupados com o futuro. Só não esqueçam de vestir aquela camisa amarelinha na hora de sair para protestar”, concluiu.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac