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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Raimundinho da Saúde diz que privatização do Huerb trará sérios prejuízos à população

Na sessão desta quarta-feira (14), o deputado Raimundinho da Saúde (Podemos) se posicionou contra a privatização do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). Disse que em muitos estados esse sistema não funcionou e teme que a população seja a principal prejudicada.

“O assunto que me traz aqui hoje é a respeito dessa empresa OS que vem se instalar no Acre. Me preocupa muito, pois temos exemplos de muitos estados em que isso não funcionou. E essa discussão de terceirizar ou mesmo de transferir a administração do Huerb para uma empresa de fora não teve uma discussão com o Conselho Estadual de Saúde, com a Assembleia Legislativa, veio de cima para baixo, sendo implantada no último ano do governo. Não sabemos o que acontecerá em 2019. Temos tido problemas com os servidores do Pró-Saúde, órgão que foi criado nesta casa. Isso gera uma instabilidade nos profissionais. Fiquei sabendo que teve uma reunião com os gestores dessa OS e não fomos convidados e nem o Conselho Estadual de Saúde”, disse o parlamentar.

Raimundinho da Saúde lamentou que antes mesmo de se instalar no Acre, gestores da OS desconheçam a realidade do Estado ao afirmar que no Pronto Socorro de Rio Branco haja excesso de profissionais. “O gestor da OS disse que tinham muitos funcionários no Huerb para a demanda. Nós vemos exatamente o contrário. Estão colocando medo nos funcionários que ali trabalham. Temos que olhar para a saúde de quem trabalha. Um projeto desse tamanho não pode ser discutido dentro de um gabinete. E por isso temos enfrentado dificuldades no Brasil inteiro. Os projetos são feitos por pessoas que não conhecem os locais que estão entrando. Hoje é o Huerb, amanhã serão as UPAs”, pontua.

Finalizando, Raimundinho teme que o Conselho Estadual de Saúde não tenha o mesmo poder de fiscalização como acontece na coisa pública. “Como é uma OS, acho que o Conselho não vai ter a mesma força de fiscalizar. O Conselho Estadual de Saúde já pediu por várias vezes prestação de contas ao Pró-Saúde. Mas como eles alegam que são uma empresa, não repassam. O nosso gabinete não poderia ficar apenas assistindo, protocolei um requerimento para a realização de uma audiência pública com o MPE e os conselhos de classe para discutirmos isso”, finaliza.

José Pinheiro
Agência Aleac