Deputado Raimundinho da Saúde critica demissão de servidores da Saúde

O deputado Raimundinho da Saúde (Podemos) lamentou na sessão desta quinta-feira (5) a demissão de mais servidores do setor de saúde do Acre. O governo do Estado rescindiu os contratos dos funcionários que têm convênio temporário, após ter recebido uma recomendação do Ministério Público do Acre (MP-AC).
O documento não estabelece o período em que os trabalhadores teriam sido contratados. Segundo o MP, eles estariam trabalhando de forma irregular, já que os prazos contratuais extrapolaram os 12 meses. Segundo o deputado, o governo do Acre poderia recorrer da recomendação do MP, mas preferiu demitir os servidores comprometendo, segundo ele, o funcionamento das unidades de saúde do Estado.
“Recebi várias ligações dos profissionais que estão sendo desligados do serviço público de saúde, funcionários que trabalham há mais de vinte anos. Por uma simples recomendação do MP, que, inclusive, poderia ser contestada pelo governo do Estado, os quadros das unidades de saúde do Acre ficarão ainda mais deficientes. Esses servidores passaram a vida inteira dentro dos hospitais e hoje estão sendo demitidos sem ter direito a nada”, enfatizou.
Ainda de acordo com o parlamentar, os servidores da Saúde não podem ser punidos por um erro do governo do Estado. “Eles estão sendo dispensados de maneira covarde, isso é um absurdo. Eles não tiveram culpa se o governo deixou eles trabalharem de maneira irregular esse tempo todo, esse erro não foi deles”, ressaltou.
Raimundinho da Saúde também falou dos secretários do Estado que decidiram concorrer às eleições de 2018. “Como a campanha política já foi antecipada e a candidatura de vários gestores e secretários já foi anunciada, o mal-estar dentro das secretarias já começou. O negócio funciona da seguinte forma: se tiver algum funcionário de qualquer setor que declare seu voto a mim ou a algum outro deputado, ele é devolvido do setor que trabalha. Isso mesmo, os servidores só podem eleger o candidato que o governo quer. Eu não sou um menino, não sou palhaço, temos que ter hombridade e saber que parceria é parceria e não patifaria”, afirmou.
Ainda de acordo com o parlamentar, tem secretário que se julga melhor que deputado. “Tem secretário ganhando dinheiro sem nunca aparecer no setor e ainda se julga melhor do que um deputado que recebeu cinco mil votos. Esse negócio de colocar faca em pescoço de funcionário é inadmissível. Isso precisa acabar. Não vou aceitar esse tipo de coisa. Servidores que declaram votos para deputados estão sendo retirados de seus setores. Isso não pode acontecer entre aliados”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac