Deputado Nelson Sales questiona contratação de estagiários para Cila

Na sessão desta quinta-feira (5) o deputado Nelson Sales (PV) comentou o um termo aditivo publicado no Diário Oficial do Estado do Acre, que visa contratar estagiários para atuarem na Companhia de Laticínios do Acre (Cila). Acontece que a empresa está em processo de extinção. Nesse sentido, o parlamentar questionou o porquê das contratações pagas com recursos próprios do Estado.
“Enquanto dispensa essa quantidade imensa de pessoas que trabalham no Pro-Saúde, a gente vê algumas barbaridades no Diário Oficial. Pelo que me consta, a Cila está, inclusive, em extinção, como a Cageacre. Então a gente vê no Diário Oficial a publicação de um segundo termo aditivo. Esse contrato é de 2014. Está no Diário Oficial do Estado. O que esse governo está fazendo pessoal? Será que ali estão os balançadores de bandeira? Será que ali que está o pessoal das mídias sociais que atacam os parlamentares de oposição? Eu tenho curiosidade de saber, primeiro onde funciona a Cila? Eu tenho curiosidade de saber onde estão esses estagiários e o que fazem para a Cila? Se está em liquidação, por que ainda se contrata pela Cila? Aí eu encontrei a resposta sobre o questionamento que eu fazia com relação aos recursos próprios. O Estado usa esse famoso RP para pagar essas pessoas em empresas que estão em extinção”, disse o parlamentar.
A respeito da Cageacre, o deputado disse que estão contratando um assessor especial com salário superior a R$ 10 mil, sendo que a empresa também passa por processo de liquidação. “A Cageacre fez uma reunião do conselho. Já tem um presidente, dois diretores e três assessores. Tudo com salariozinhos de R$ 10 a R$ 15 mil. Fez uma assembleia para contratar mais um assessor especial, que, inclusive, é esposo de uma alta autoridade do governo, para ganhar mais R$ 15 mil”, denuncia Nelson Sales.
Falando em saúde pública, Nelson Sales destacou que o Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) não dispõe de um otorrinolaringologista, profissional médico especializado em doenças que acometem a garganta, ouvido e nariz. Ele frisou que foi informado que os profissionais pediram demissão, em carta aberta, por não terem as condições mínimas de trabalho para atuarem no Huerb.
“Tenho feito um esforço gigantesco para parabenizar e agradecer ao governo, mas acabei de saber que no Pronto Socorro não tem um profissional otorrino. Disseram que estão há mais de um mês sem otorrino. Liguei como paciente, não me identifiquei como deputado, e me confirmaram a mesma coisa. O mais estarrecedor é que todos os profissionais que atuavam no PS pediram demissão por carta aberta, por não haver estrutura de trabalho. Na principal casa de saúde desse governo os otorrinos pediram demissão, saíram porque não têm condições mínimas para trabalharem. Gostaria de elogiar o governo, mas a gente vê atitudes como essa. Tem tanta coisa acontecendo lá no Hospital das Clínicas. Mas o que adianta se na emergência não tem o que a população precisa? Não dá para a gente ficar refém dessas ações. Por beicinho decide as coisas e não realiza os pagamentos. Esse é o governo que nós temos, mas não é o governo que o povo do Acre merece”, pontua.
José Pinheiro
Agência Aleac