Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Jenilson Leite diz ser favorável ao “distritão” e ao financiamento público de campanha

O deputado Jenilson Leite (PCdoB) comentou a Reforma Política em debate no Congresso Nacional. Em discurso na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quarta-feira (13), ele defendeu a aprovação do voto distrital, que consiste na eleição daqueles candidatos que obtiverem o maior número de votos, extinguindo assim o voto proporcional. O deputado disse também ser favorável ao financiamento público de campanha.

“Conversando com o deputado federal Moisés Diniz sobre os modelos eleitorais que prevalecerão, há uma tendência muito forte que se decida pelo ‘distritão’, que provavelmente com o financiamento público de campanha sejam aprovados. Sou daqueles que defende que primeiro devemos experimentar o modelo para depois se tirar as conclusões. Mas do ponto de vista inicial prevalecerá os que têm mais votos. A população saberá em que estará votando. Nesta casa entrarão os 24 mais bem votados. Eu acho que tem que ter o financiamento público de campanha. A Lava Jato é fruto do financiamento privado de campanha. Então, não se pode deixar continuar um modelo que não deu certo”, disse o deputado comunista.

Jenilson Leite falou também a respeito da BR-364. Disse que a situação é preocupante por conta da chegada do período chuvoso. Ele frisou que o embate político não é o caminho para ajudar da reconstrução da rodovia, mas sim a união de todos os entes políticos no sentido de garantir em Brasília a liberação dos recursos.

“Eu não poderia deixar de falar de temas como a BR-364. As chuvas de setembro chegaram e os transtornos começam a acontecer, com caminhões parados, atravessados na pista. Eu gostei muito quando o deputado Jesus Sérgio propôs que esta casa faça uma audiência pública e discuta um apoio coletivo. O que falta na BR-364 é recurso. A gente vai passar a vida toda criticando o outro e só vai prejudicar a população. A ação concreta, o nosso trabalho, é buscar alternativas e saídas para ver se as pessoas do Juruá não ficam no isolamento”, frisa.

Quanto à fala do deputado Raimundinho da Saúde (Podemos), que teria sido impedido pela superintendência do Hospital das Clínicas de entrar na unidade hospitalar, Jenilson Leite pediu providências da Mesa Diretora da Aleac em relação ao caso. Ele classificou a denúncia como gravíssima porque fere um dos princípios básicos do Poder Legislativo, que é fiscalizar as ações do Executivo.

“O deputado teve a sua entrada dificultada com a alegação que não se podia fazer política dentro da Fundação Hospitalar. Se houver uma determinação nesse sentido eu queria que esta casa tomasse providências. Há uma determinação que deputado não deve entrar no hospital porque ali não é ambiente para se fazer política. Isso é muito grave. Queria de imediato dizer do nosso repúdio, do desrespeito com este Poder. Que esta casa entre em contato imediatamente com a direção daquela unidade hospitalar para averiguar o caso. Barrar o presidente da Comissão de Saúde, isso é muito grave, queria soluções imediatas quanto a isso”, defende.

José Pinheiro
Agência Aleac