Deputada Eliane Sinhasique questiona patrimônio de ex-diretor da Emurb

A segunda fase da Operação Midas, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Acre (MPAC), em parceria com a Polícia Civil e Tribunal de Contas, foi comentada pela deputada Eliane Sinhasique (PMDB), durante a sessão desta terça-feira (5). Segundo a oposicionista, um dos envolvidos no esquema criminoso, o ex-diretor da Emurb Jackson Marinheiro também respondeu a sindicâncias internas na época em que trabalhava no Deracre.
“Enquanto os empresários acreanos estão demitindo gente, estão fechando as portas e se desfazendo dos seus bens o Jackson Marinheiro está ficando cada vez mais rico, como pode isso? Será que tudo que ele toca vira ouro? Ele tem imóvel por todo lugar, Feijó inteira é dele. Ele tem imóveis em todo lugar naquela cidade. Para aumentar o patrimônio desse jeito numa época de crise como essa só sendo mágico”, destacou.
A parlamentar frisou ainda que na época em que Jackson Marinheiro trabalhou no Deracre com o atual prefeito Marcus Alexandre (PT), o mesmo também respondeu por processos administrativos.
“Esse costume do Jackson não é de hoje não, na época em que ele trabalhou no Deracre com Marcus Alexandre ele também respondeu por sindicâncias internas, por desconfianças de que ele estava botando a mão naquilo que não era seu, no combustível, por exemplo. Agora eu pergunto: como colocam a raposa para cuidar das galinhas? Eu não sei se essa pessoa tem atestado de cegueira ou de conivência, porque colocar para administrar uma secretaria uma pessoa que já respondeu por desvio de conduta, isso não dá para entender”, complementou.
Sinhasique questionou ainda o posicionamento do prefeito Marcus Alexandre sobre o caso. “O prefeito dizer que não sabe de nada, isso é um absurdo. Parece até o Lula falando. Na Emurb não tem dinheiro para comprar asfalto, tem promessas de campanha do ano de 2012 que nunca foram cumpridas. Não tem dinheiro para asfaltar as ruas, mas tem dinheiro para comprar gado, porque só na fazenda do Jackson tem mais de 20 mil cabeças de gado, é muito cinismo para uma pessoa só. A população acreana não merece isso”, afirmou a deputada.
Para concluir, a peemedebista falou do caso de uma criança de cinco meses, moradora do município de Feijó. Segundo a deputada, a criança tem um problema ocular e vive dopada no hospital daquela cidade devido às fortes dores que sente, e que até o momento não viajou para fazer tratamento devido a lentidão no processo do TFD.
“Entrei em contato com o TFD para saber o motivo da demora, é um absurdo que uma criança de apenas cinco meses viva dopada 24 horas num hospital e ninguém faça nada. No TFD me informaram que tem recursos financeiros sim para as passagens e para ajuda de custo, o que está faltando é o secretário de Saúde, Gemil Júnior, largar a campanha de deputado estadual para fazer as articulações necessárias com os hospitais de fora do Estado. Esses pactos precisam ser feitos pela Sesacre, só assim os hospitais de São Paulo, Manaus, Rio de Janeiro e Fortaleza poderão receber os pacientes daqui”, concluiu.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac