Deputado Gehlen Diniz denuncia irregularidades no concurso da Polícia Civil

O deputado Gehlen Diniz (PP) denunciou na sessão desta quarta-feira (10) possíveis irregularidades no concurso da Polícia Civil do Acre, realizado no último domingo (7). O oposicionista disse que recebeu informações de que o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade) teria permitido que alguns candidatos realizassem a prova em locais diferentes dos que estavam inscritos.

“Recebi informações dos próprios candidatos de que três pessoas fizeram a prova aqui em Rio Branco, quando deveriam ter feito em Cruzeiro do Sul, o que é proibido pelo edital”, afirmou o progressista.

O deputado disse ainda que outro detalhe tem chamado a atenção dos candidatos que fizeram o exame. Segundo ele, na imagem de capa da prova aparece o nome da organizadora do certame, o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), já na página da redação aparece o nome da empresa já fechada e ligada ao Ibade, Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab).

“O uso do nome de duas empresas na mesma prova passou despercebido por muitos, mas alguns candidatos denunciaram o erro nas redes sociais. No início deste ano uma reportagem de um site local revelou que o Ibade é ligado à Funcab, que responde processos por supostas fraudes em processos seletivos. A Funcab está envolvida em dezenas de denúncias na Justiça e está na mira do Tribunal de Contas e de Ministérios Públicos de diversos Estados. Como pode isso? Esse absurdo não pode passar despercebido”, disse.

O parlamentar pediu a intervenção urgente do Ministério Público do Estado, afirmando que as denúncias são graves e precisam ser apuradas. “São muitas denúncias, o caso é grave e deve ser averiguado. Peço que o Ministério Público do Acre acompanhe a lisura desse processo seletivo, há suspeitas de fraudes neste concurso e não são poucas não. Não é possível que nós não consigamos realizar um concurso com decência neste Estado”, disse.

Ainda de acordo com Gehlen Diniz, cabe também ao governo do Estado elucidar todas as suspeitas de fraudes do concurso. “O governo não pode ficar de braços cruzados, a suspeita de fraude nesse concurso é muito grande. Essas pessoas que fizeram as provas em locais diferentes ao da ficha de inscrição não devem ter nem suas provas corrigidas, devem ser eliminadas do processo definitivamente. Isso e uma falta de respeito com os demais”, complementou.

O progressista questionou ainda a ida do governador Tião Viana (PT) a Curitiba. O governador foi prestar solidariedade ao ex-presidente Lula, junto com outras lideranças do PT nacional. “Isso é um absurdo. Tião Viana foi prestar apoio àquele menino inocente que é apontado como líder da quadrilha, mas que vive dizendo que não sabe de nada. O governador do Acre deveria estar aqui, governando o seu Estado. Não é à toa que ele foi eleito o pior governador do país, ele não está nem aí para o Acre. Mas isso é culpa nossa, da oposição. Cabe a nós nos unirmos para tirar essas pessoas do poder, a população não aguenta mais tanto desgoverno”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac