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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Comissão de Segurança recebe representantes de Vila Campinas que pedem retorno da subdelegacia de polícia

A Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) recebeu nesta terça-feira (9) uma comissão formada por representantes de Vila Campinas. Na pauta, o retorno da subdelegacia de Polícia Civil à localidade, bem como a permanência do subcomando da Polícia Militar na região.

O presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), esteve presente na reunião e disse que Vila Campinas deve ser compreendida como uma região estratégica para a atuação da Segurança Pública, isso porque a mesma está localizada próxima à fronteira.

“Entendo, pela fala de vocês, que Vila Campinas precisa ter seu efetivo intensificado em vez de se retirar comandos daquela área. Estamos diante de uma situação em que as facções estão saindo de seus núcleos e invadindo as cidades e isso tem sido combatido pelo governador Tião Viana, que tem feito os investimentos necessários. Esta casa está de portas abertas para vocês. Vou reforçar com o secretário Emylson Farias a ida dos senhores para que juntos possamos construir uma saída para essa situação”, pontua Ney Amorim.

Ney Amorim elogiou o trabalho da Comissão de Segurança Pública, presidida pelo deputado Jenilson Leite (PCdoB). “A Comissão de Segurança é extremamente atuante. Sabemos que Vila Campinas é uma área de fronteira e estamos sensíveis à causa de vocês”, reiterou.

O deputado Jenilson Leite conduziu a reunião e antes de abrir a fala aos presentes enfatizou um encontro com o secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, na tarde desta terça-feira para tratar do assunto.

“Falei com o secretário, ele está disposto a nos receber agora à tarde e vamos apresentar as reivindicações dos senhores. Acredito que o posicionamento dele será pela manutenção da subdelegacia naquela comunidade”, disse o parlamentar.

Para o ex-vereador de Plácido de Castro e líder comunitário Gildomar Oliveira, o Charqueiro, a saída da subdelegacia trouxe transtornos à população e o aumento da criminalidade. “O efeito da retirada da subdelegacia foi negativo. Retiraram todos os equipamentos e como consequência disso houve o aumento nos índices de violência. Tivemos registros de aliciamento de menores, prostituição infantil, roubo nas comunidades rurais. Agradecemos a sensibilidade desta casa em atender essa demanda”, argumentou.

Já Camilo Silva, outro líder comunitário, salientou que caso o subcomando da Polícia Militar também seja retirado de Vila Campinas as guarnições terão dificuldades para atender o distrito, que passará a receber direcionamento a partir de Senador Guiomard. “A polícia não terá logística de operação. A ideia é sensibilizar o governador para a não retirada das forças de segurança daquela região”, lembrou.

Como sugestão de encaminhamento, a deputada Eliane Sinhasique propôs que as forças de segurança do Estado mantenham uma base de controle em Vila Campinas. De acordo com ela, isso inibiria o roubo de veículos no Estado, isso porque Campinas tornou-se ponto de esconderijo e passagem de veículos subtraídos em atos criminosos.

“Vila Campinas é estratégica para o crime. É estratégica para esconder veículos roubados, então seria estratégico também as polícias manterem uma base ali, tendo em vista que dali se tem acesso à Bolívia”, ressalta a peemedebista.

José Pinheiro
Agência Aleac