Deputado Daniel Zen comenta lista do ministro Fachin e diz que criminalização da política é ruim para o país

O líder do governo na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Daniel Zen (PT), comentou nesta quarta-feira (12) a lista divulgada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, autorizando a abertura de inquérito para apurar denúncias de recebimento indevido em campanhas eleitorais. Zen argumentou que o governador Tião Viana e o senador Jorge Viana irão provar suas inocências, assim como em outras situações em que foram citados.
“Tenho certeza que mais uma vez vão provar suas inocências, assim como nossos adversários que também consigam provar sua inocência. Estamos vivendo um ambiente de criminalização da política. Está errada essa criminalização ampla, plena e pública da política. Está errado isso, assim como também as formas não republicanas. Agora se você recebe um recurso que antes era permitido, você declara aquele recurso e depois questionam a licitude desse recurso. O que está errado é o modelo de financiamento de campanha, que está equivocado”, salienta.
Daniel Zen disse que a Reforma Política em andamento no Congresso trará avanços significativos para o país e citou como exemplo disso o voto em lista e o voto distrital, a partir de 2026, além do fim das coligações proporcionais. “São pontos que a gente entende que são positivos. São alterações no sistema político como um todo. Campanhas custam caro, não estou me referindo ao abuso econômico ou atitudes não republicanas, estou me referindo a custos de campanhas. Qual foi a campanha presidencial que não recebeu recursos das empresas envolvidas na Lava Jato? Quais das campanhas que não receberam? Se vai cassar a chapa Dilma e Temer por abuso de poder econômico, tem que cassar as demais chapas também porque receberam recursos dessas empresas, até maiores que a chapa Dilma/Temer. Defendo o financiamento público de campanha através do fundo partidário”, completa.
Outro assunto ressaltado por Daniel Zen foi quanto à constitucionalidade do projeto de lei extingue o feriado do Dia do Evangélico e Dia do Católico, mas mantém as datas comemorativas. “O que eu quero dizer é que apreciamos essa matéria sobre o aspecto da constitucionalidade, o mérito das proposições é analisado no plenário ou nas comissões temáticas. Não foi analisado o aspecto do mérito. A proposta cumpre todos os requisitos constitucionais. No entanto, eu sugeri, pois na minha opinião o debate não estava amadurecido, trazer o assunto ao plenário porque entendemos que ainda precisamos vencer algumas etapas”, disse o deputado petista.
José Pinheiro
Agência Aleac