“Digam o que disserem, eu vou fazer o meu papel”, afirma deputado Gehlen Diniz

Na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na sessão desta quarta-feira (29), o deputado Gehlen Diniz (PP) respondeu a nota enviada a ele pelo Gabinete Militar do governador Tião Viana (PT). De acordo com a nota, outros estados têm número superior de policiais à disposição do governo. Mas não foi revelado qual seria o quantitativo real de policiais à disposição do chefe de Estado. O deputado progressista disse que não importa saber o número de servidores militares que atuam nos gabinetes de outros estados da Federação, mas, sim, do Acre, do qual ele é representante do povo. Ele informou que os números apresentados na última sessão são da Associação dos Militares do Acre (AMEAC).
“Recebi uma nota repudiando a fala que fiz ontem. Mas eu vou traduzir as palavras que estão no impresso. Eu esperava que ele dissesse que o deputado mentiu. A nota não cita nem o número de policiais lotados à disposição do governador. A informação que passei ontem, eu não tirei da minha cabeça. São dados repassados pela AME/AC. Depois que eu falei ontem aqui eu fui repreendido por outros policiais que disseram: deputado, não são 94 não, são 104 policiais. O Gabinete Militar disse que outros estados têm mais policiais lotados na mesma função. O que eu tenho a ver com os outros estados? Sou deputado do Acre”, ressalta.
Gehlen Diniz afirmou que recebeu uma informação extraoficial dando conta de policiais cedidos para o Poder Judiciário. Ele informou que checará a informação para saber o número exato de policiais, se extrapola o permitido por lei. O parlamentar argumentou que faltam policiais nas ruas para o enfrentamento ao crime.
“Está faltando polícia na rua. Tem muitos policiais cedidos ao Poder Judiciário. Não é oficial, vou averiguar essa informação. Policial, seja ele militar, civil, a finalidade dele é garantir a segurança. Está faltando polícia na rua, viatura, armamento, colete, está faltando responsabilidade do governo do PT com a Segurança Pública. Eu faço uma crítica, lá vem o governo do PT me criticar. Como posso eu ser criticado por fazer o meu trabalho? Não aceito essas críticas. O povo acreano está com medo, acuado. É violência, é homicídio por cima de homicídio. Quando um deputado vem aqui é acusado de estar fazendo política. Digam o que disserem, eu vou fazer o meu papel”, salienta.
Quanto à falta de ambulâncias para atender o Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, ele informou que o secretário de Saúde, Gemil Júnior, disse a ele que está aguardando a chegada de 10 viaturas. “O secretário disse que está aguardando 10 ambulâncias. Espero que uma delas vá para Sena Madureira”, completa.
José Pinheiro
Agência Aleac