Deputada Eliane Sinhasique cobra novamente reforma da cozinha do Pronto Socorro

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) voltou a comentar na sessão desta quarta-feira (29), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a situação da cozinha do Hospital de Urgência e Emergência do Acre (Huerb). Sinhasique disse que o local está em pleno funcionamento, embora o secretário de Saúde, Gemil Júnior, tenha anunciado uma reforma no local.

“Hoje eu estive mais uma vez na cozinha do Pronto Socorro de Rio Branco. Meu amigo, marcaram para começar a reforma dia 20, hoje são 29. Ou seja, temos 20 dias pela frente para se fazer a reforma da cozinha que tem prazo de 30 para ser reformada. A cozinha está da mesma forma, em pleno funcionamento. Os órgãos de fiscalização do Estado não perdoam nenhum restaurante que esteja naquelas condições, eles lacram, fecham. Uma cozinha nojenta, imunda não pode estar em funcionamento. O governo pode passar por cima das próprias leis impostas aos outros e ele não pode cumprir? Se fosse um restaurante qualquer, estaria fechado e pagando multas altíssimas”, pontua.

A peemedebista afirmou, também, que em 2015 a Comissão de Saúde da Aleac já havia emitido relatório solicitando reparos na cozinha daquela unidade hospitalar. Entretanto, nada foi feito para solucionar o problema.

“Essa cozinha não é de anteontem não, é desde 2015 que ela está insalubre. Que gestão é essa que não dá conta de reformar uma cozinha em dois anos? Falta gestão, compromisso nos governos do PT. Acham dinheiro para tudo, mas não acham dinheiro para consertar o ralo de uma pia. Foi dado prazo desde 2015, a Comissão de Saúde esteve lá e fez as devidas anotações”, argumenta.

Sinhasique falou ainda sobre o caso do senhor Nilton Nunes Moraes, que deste sexta-feira (24) encontra-se no PS aguardando transferência para o Hospital das Clínicas. “Ele está com três encaminhamentos para a Fundação Hospitalar. Os investimentos em Saúde não são prioridades. É um homem de 38 anos de idade e está lá aguardando a boa vontade. Aí vocês querem que eu tenha paciência. Como fiscal do povo eu tenho que fazer esse papel. O secretário que achar ruim, que ache. Eu tenho que cobrar eficiência no serviço público. Vou continuar a ir, sim, em outros departamentos para verificar a qualidade dos serviços”, reitera.

Sinhasique falou, ainda, sobre a realização do Seminário de Diversidade e Gênero e a Lei Maria da Penha, organizado pelo Ministério Público do Acre, por meio do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), Núcleo de Apoio ao Atendimento Psicossocial em Dependência Química (Natera), Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Centro de Apoio Operacional às atividades Criminais (Caop Criminal). O evento acontece na próxima sexta-feira (30), no auditório do MP/AC, a partir das 9 horas da manhã.

“Vou participar como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleac e como mãe de homossexual. Vai ser um seminário muito importante, porque vamos trabalhar a questão da discriminação, da homofobia. A discriminação contra o homossexual começa dentro da própria casa. Vamos ajudar as famílias a compreender isso. Temos que amá-los, apoiá-los e abraçá-los, senão jogamos eles no submundo das drogas. Quando uma mãe diz: eu o amo, e o respeito, eu o apoio, nenhum vizinho vai olhar de cara feia para esse homossexual. Precisamos ajudar as famílias a abraçar os seus homossexuais com muito respeito, com muita maturidade”, ressalta.

Ao finalizar seu pronunciamento, Sinhasique disse que ganhou na Justiça o direito de não pagar o ICMS incidente na conta de energia em relação à transmissão e distribuição, pagará apenas o que se refere ao consumo. Ela destacou que outros consumidores podem entrar na Justiça com ações individuais para requerer o benefício.

“Há um entendimento de que não se pode cobrar ICMS em cima de transmissão e distribuição de energia, apenas do consumo. É um absurdo o valor do ICMS da conta de energia”, finaliza.

José Pinheiro
Agência Aleac