Deputado Nelson Sales diz que reajuste de passagem também compete aos deputados debater

O deputado Nelson Sales (PV) disse na sessão desta quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que a Câmara de Vereadores de Rio Branco admitiu que a questão do reajuste da passagem de ônibus não é um assunto que diz respeito apenas aos vereadores. Segundo o parlamentar, os vereadores se reuniram ontem com o governador em exercício, Ney Amorim (PT), para propor que o Poder Legislativo apresente uma proposta de redução do imposto sobre o combustível do transporte coletivo.
“Quando eu disse que iria apresentar um anteprojeto de lei solicitando a redução da alíquota de ICMS para as empresas de transporte coletivo muita gente me criticou. Disseram que esse tema não era de competência desta casa e que a Câmara de vereadores saberia resolver esse problema, mas parece que eu estava certo”.
“Para minha surpresa, ontem uma comissão de vereadores procurou o governador em exercício, Ney Amorim, para propor uma parceria entre os poderes. Eles pediram ainda que o Poder Legislativo apresente uma proposta de redução do imposto sobre o combustível do transporte coletivo, ou seja, até eles admitiram que a questão do reajuste é um assunto que diz respeito a todos nós”, relatou o parlamentar.
Para Nelson Sales, Rio Branco vem arcando com as despesas da passagem dos estudantes e o Estado deve e precisa contribuir com a situação. “ O combustível que eles compram tem 25% só de ICMS. Não sou a favor da isenção, porque geralmente quando é concedida a população paga. Vou apresentar uma indicação para reduzir o ICMS dos combustíveis”, disse.
O deputado ressaltou que o Estado tem três vezes mais estudantes e tem que ajudar para evitar um colapso no transporte público de passageiros. “Não é justo o município arcar com todas as despesas e o Estado só arrecadar. Outra carga que pesa para estas empresas é a cobrança de IPVA que também precisa ser revisto”, frisou.
Para Nelson Sales, a redução do ICMS dos combustíveis é uma boa alternativa para resolver o problema. “O problema é que somos da oposição e nossas ideias não servem, como diz o ditado: na oposição todo café é amargo. Não apresentei o anteprojeto ainda porque é algo que deve ser muito trabalhado, é algo que mexe com a vida das pessoas. Mas eu gostaria que a minha sugestão fosse acatada e que esse debate possa chegar nos quatro cantos do Acre”, complementou.
Para concluir, o parlamentar se solidarizou com os motoristas de ônibus de Rio Branco. Ele ressaltou que um dia após atentados ele voltaram a trabalhar com policiamento. “Os motoristas ficaram na garagem até a polícia chegar, isso é um absurdo. Infelizmente essa é a nossa realidade, a criminalidade tomou conta do nosso Estado”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac