Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Gehlen Diniz afirma que bancada federal do Acre pode ‘puxar’ discussão sobre reforma do Código Penal

Em seu discurso na Assembleia Legislativa do Acre, nesta quarta-feira (15), o deputado Gehlen Diniz (PP) disse que ‘não se pode brincar de fazer Segurança Pública’ e afirmou que a culpa da insegurança instalada no Acre é do governador Tião Viana. Ele ressalta que o apadrinhamento político tem sido prejudicial para gestão pública no Acre.

“Ouvi a base governista dizendo que o governo tem gerência. Pode ter gerência, mas faltam gerentes. O que se tem são afilhados políticos porque rendem votos na eleição. É só olhar o Diário Oficial. Gerências têm, mas não têm gerentes para ocupar esses cargos. O governo só vê quem tem votos. O que aconteceu em Rio Branco ontem, bandidos queimando ônibus, não será a primeira vez, nem a segunda, nem a décima, vai acontecer novamente. A cúpula de Segurança Pública não tem correspondido o necessário. Os policiais tentam tirar leite de pedra”, enfatiza o deputado progressista.

Ainda de acordo com o parlamentar, é necessário o endurecimento das leis brasileiras concernentes à Segurança Pública. Nesse sentido, Diniz defendeu uma discussão promovida pela bancada federal do Acre para que o tema ecoe em Brasília.

“Não vejo mobilização em âmbito federal, os deputados federais e senadores precisam se mobilizar. As leis são muito brandas. Apenas 10% dos crimes no país são investigados, identificados e os autores e punidos. Está faltando esse debate em âmbito federal, tem que haver o endurecimento das leis”, ressalta.

Gehlen Diniz acrescentou que os governos petistas falharam nos 20 anos de administração pública. “Esses jovens têm na carteira de identidade a naturalidade do Acre. Dê uma olhada na vida dessas pessoas que estão matando e morrendo. O crime é natural em toda sociedade, mas facções criminosas, menores matando e morrendo diariamente, isso não é normal. O Estado em algum momento falhou com essas pessoas. Essas pessoas são filhos do governo do PT, que não tiveram a educação adequada e agora estão se matando”, pontua.

Quanto aos ataques contra os coletivos em Rio Branco, Gehlen afirma que o governo poderia ter se antecipado a isso e lembrou que quando houve a ação da polícia em que criminosos foram mortos, o Estado já deveria ter agido colocando policiamento nos ônibus, isso porque certamente esses seriam os alvos dos ataques.

“Fala-se muito em inteligência, que inteligência é essa. Quando se tem uma ação da polícia é claro que vai haver uma reação por parte da criminalidade e aí o governo precisa se antecipar. Mas não houve a ação de colocar policiais dentro dos ônibus. Aconteceu uma ação da PM, tem que colocar os policiais nos coletivos. Os policiais militares e civis são a última fronteira entre a sociedade e a barbárie”, argumenta.

José Pinheiro
Agência Aleac