Deputado Raimundinho da Saúde diz que Congresso Nacional precisa revisar Lei Penal

O deputado Raimundinho da Saúde (PTN) disse durante o Grande Expediente da sessão desta quarta-feira (15), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), que o Brasil precisa revisar a Lei Penal, isso porque enquanto não houver leis rígidas para o combate ao tráfico de drogas, as facções continuarão mandando no país.

Ele sugeriu penas como a prisão perpétua e lembrou que na Indonésia esse tipo de crime é coibido com a pena de morte. O parlamentar acrescentou que não é necessário um serviço de inteligência para saber onde estão ‘as bocas de fumo’ em Rio Branco e defendeu a volta da força tarefa implementada no governo Jorge Viana (PT).

“Eu não poderia me furtar e deixar de falar da insegurança, pois moro em uma região onde há o maior índice de violência. Se verificarmos a faixa etária das pessoas envolvidas ela é de 15, 19 e 20 anos, são jovens. São pessoas que estão perdendo a sua vida para a criminalidade. Noventa por cento desses crimes são cometidos em função da droga. Enquanto não mudar a legislação para punir os traficantes, uma punição severa, não irá resolver. Um traficante antes de ir para a Indonésia ele pensa duas vezes, porque ele sabe que se for pego será morto”.

Ele disse, ainda, que “o Brasil deveria ter pena como prisão perpétua, ou então libera logo, porque enquanto tiver penas que não sejam penas aonde o criminoso tenha o entendimento que será penalizado, continuaremos a ter essa vida que teremos hoje. Enquanto não tivermos arrastões de beco em beco não resolve, com 200 policiais preparados para dar uma acalmada não resolve. Agora tratar bandidos com flores vão receber bala”, pontua.

Outro assunto levantado por Raimundinho da Saúde foi o atendimento aos pacientes portadores de doenças renais crônicas que fazem hemodiálise no Hospital das Clínicas. Ele frisou que esteve reunido com a direção do HC e do setor de Nefrologia e foi repassado que todo mês uma carreta de insumos para o setor chega ao Estado para atender a demanda. Entretanto, o fornecedor só entrega os materiais mediante pagamento antecipado. Também foi informado a necessidade de ampliação do setor que atende 45 pacientes em quatro turnos. O parlamentar garantiu conversar com membros da bancada federal para solicitar a alocação de recursos para essa finalidade.

“Todo mês chega uma carreta e o fornecedor só libera o material quando é pago. São 45 pacientes atendidos em quatro turnos. Precisamos ampliar o setor para no mínimo mais 15 máquinas. As máquinas funcionam praticamente 24 horas por dia. Há relatos de pacientes que fazem diálise de madrugada, esses pacientes saem da sessão fracos e na volta para casa ainda são assaltados. Pedimos mais segurança para esses pacientes. Que a Polícia Militar possa acompanhar esses pacientes na volta para casa, porque são presas vulneráveis. Conversamos com o deputado Léo de Brito para que ele aloque emendas para aquele setor. “, relata.

Raimundinho finalizou dizendo que fará uma conversa com os representantes do Ministério Público, apresentando a necessidade de dilatação do prazo de demissão dos servidores que atuam no setor de nefrologia, essencial para garantir a vida de dezenas de pacientes no Estado.

José Pinheiro
Agência Aleac