Deputada Eliane Sinhasique questiona aumento na tarifa de ônibus

A deputada Eliane Sinhasique (PMDB) questionou na sessão desta terça-feira (14), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o aumento na tarifa de ônibus. A oposicionista repudiou a decisão tomada nesta segunda-feira (13) pelo Conselho Tarifário de Rio Branco, que aprovou por sete votos favoráveis, o aumento de R$ 50 na tarifa. O resultado eleva a passagem que era de R$ 3 para R$ 3,50 (inteira), mas, o valor de R$ 1 para os estudantes deve ser mantido, segundo a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans).

Para Sinhasique, o aumento é injusto pois está bem acima da inflação. “Mais uma vez os empresários deram um ultimato e colocaram a faca no pescoço do prefeito. É inaceitável esse reajuste de 27% na passagem de ônibus. E se não bastasse esse aumento que está muito acima da inflação, a empresa está usando os motoristas de ônibus para fechar a Câmara de Rio Branco, fazendo um movimento para impedir a instalação de uma Comissão Especial que irá investigar as empresas de transporte público”, disse.

Segundo a parlamentar, a CPI que foi proposta no dia 2 de fevereiro pelo vereador Roberto Duarte (PMDB), com o objetivo de investigar supostas irregularidades nos contatos das empresas de transportes público de Rio Branco tem causado tensão às empresas.

“Eles mandaram os motoristas de ônibus protestarem em frente à Câmara Municipal porque eles não querem de forma alguma que a população saiba quanto eles arrecadam. Eles não querem de jeito nenhum abrir a caixa preta das empresas de ônibus, são empresas superavitárias se não fossem eles não sentiriam tanto medo assim”, afirmou.

Para a deputada, o prefeito de Rio Branco precisa ter “pulso firme” para enfrentar as empresas de transporte público. “As empresas sabem que no momento em que a população souber o quanto elas faturam a argumentação que elas usaram todos esses anos não irá mais valer. Eles não terão como colocar o prefeito contra a parede. O prefeito de Rio Branco precisa ser mais corajoso para enfrentar esse monopólio das empresas de ônibus. Ele tem que ir para dentro das empresas e ajudar a operar o sistema, ele não faz isso porque são essas empresas que o ajudam nas campanhas eleitorais”, finalizou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac