Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Nelson Sales comenta declarações de Cristovam Pontes

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (14), o deputado Nelson Sales (PV) assim como outros parlamentares também repudiou o comentário publicado em rede social pelo diretor-presidente do Deracre, Cristovam Pontes. Ele ressaltou que o governo do Estado precisa vir a público para falar sobre o assunto, isso porque caso não aconteça, vai transparecer como uma afronta ao Poder Legislativo.

“Eu não posso ficar fora dessa discussão da postagem mal-educada do diretor-presidente do Deracre, Cristovam Pontes. Quando eu vi aquela postagem me veio à mente a minha fala aqui que esse governo não respeita este Parlamento. De lá não veio o contrapeso para essa publicação dele. Ele fala conforme o patrão pensa. Ele diz o que ouve na cozinha. O que o Deracre faz no Acre hoje? Já paramos para pensar nisso? A estrada de Porto Acre, a estrada de Plácido de Castro outra competência do Deracre. Em Sena, a estrada do Polo só viu o Deracre quando foi construída. Mas em Sena Madureira tem um núcleo cheio de funcionários. O Deracre só serve para cabide de emprego hoje? É o que está parecendo. Seria interessante que alguém do governo se manifestasse sobre essa grosseria, senão vai ficar parecendo que o Executivo não tem respeito por este Parlamento”, pontua.

Nelson Sales falou, ainda, sobre a desativação do Hosmac, a partir de 31 de março. Ele frisou que mais de 70 mil pacientes que precisam de atendimento psiquiátrico poderão ficar desassistidos. Nesse sentido, ele ressaltou a necessidade de se repensar a decisão, isso porque apenas Rio Branco conta com um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

“Dia 31 de março expira o prazo para se encerrar os atendimentos ambulatoriais no Hosmac. Só temos um CAPS em Rio Branco. São 70 mil pacientes. Faço um apelo ao governo do Estado, ao município de Rio Branco, principalmente ao governo do Estado. Cada município teria que ter um CAPS e não tem. Queria contar com a Comissão de Saúde para encontrarmos um caminho, porque se isso acontecer pode tornar-se um caos”, salienta.

José Pinheiro
Agência Aleac