Deputado Gehlen Diniz reafirma necessidade de balanças para aferir peso de veículos na BR-364

Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), durante a sessão desta quinta-feira (9), o deputado Gehlen Diniz (PP) demonstrou preocupação com o trecho da BR-364 entre Sena Madureira e Rio Branco. Ele frisou que o peso exorbitante das carretas com até 100 toneladas tem agravado as condições da pista, sendo que o peso máximo é 40 toneladas.
“Vou iniciar falando da BR-364. Eu estive conversando com o supervisor da unidade local, Thiago Caetano, preocupado com o trecho de Sena Madureira a Rio Branco. O trecho está se deteriorando, um trecho outrora bom, seguro, mas que agora está esburacado. Somente em abril as obras terão início. Graças ao trabalho do Thiago, o trabalho está organizado para começar o quanto antes. Uma cifra de R$ 2 bilhões seria suficiente para fazer uma rodovia de qualidade”, acrescenta.
Gehlen Diniz disse, ainda, que neste momento não é salutar procurar culpados quanto à situação da BR-364. E se há, não é o Dnit, isso porque a autarquia federal assumiu recentemente a estrada. Para ele, a boa condição de uma rodovia é formada por um tripé que consiste em pavimentar, fazer a manutenção necessária e fiscalizar para que seja mantido o peso ideal proposto no projeto de construção. Fora isso, nenhuma estrada terá sustentação.
“Uma rodovia não é só construir. Tem que dar manutenção, tem que haver uma fiscalização. Quem mais destrói as rodovias são os condutores de veículos pesados, carretas superiores a 100 toneladas. A responsabilidade é do governo que não fiscaliza. E a brita que vai para Feijó e Tarauacá que não é fiscalizada? O Thiago me falou das balanças, uma na Tucandeira e outra em Sena Madureira. Se não fiscalizar, não dura. Vamos parar com essa história de que o Dnit não deu manutenção. O Dnit assumiu recentemente”, disse o parlamentar progressista.
Diniz comentou, também, que cumpriu agenda junto aos servidores que poderão ser exonerados, conforme recomendação do Ministério Público Estadual, por excederem o tempo contratual. O deputado disse que o governo tem culpa, isso porque não agiu a tempo para viabilizar a regularização desses profissionais no sentido de observar caso a caso.
“Ontem participei de uma reunião com os servidores que serão exonerados. O que ocorre é um descaso do governo do Estado que enche os cargos com provisórios. O que o MP fez foi cumprir a lei. As pessoas não têm direitos trabalhistas assegurados. A culpa não é delas, mas, sim, do governo”, citou.
Falando em segurança pública, o parlamentar confirmou que manteve diálogo com o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias, que assegurou a realização de concurso público para as polícias. “Quero fazer um elogio aqui. Vai acontecer um concurso público, isso é importante para suprir a necessidade. São 500 vagas. Mas está faltando o combate com inteligência”, salienta.
Finalizando, o deputado acreano pediu uma revisão da lei de execuções penais pelo Congresso Nacional. O objetivo é o endurecimento do combate ao crime organizado no país. “Com toda essa violência não vemos esse debate no Congresso. O debate é quem será o novo ministro da Justiça, quem será o líder na Câmara ou no Senado. Infelizmente estamos entregues. Imagine uma sociedade sem polícia, é um caos instaurado. Cabe a nós alertamos os governos”, disse.
José Pinheiro
Agência Aleac