Deputado Gehlen Diniz questiona nomes para ministérios e defende CPI para apurar óbitos na maternidade de Rio Branco
O deputado Gehlen Diniz (PP) comentou na sessão desta quarta-feira (4) o pedido de abertura de inquérito para investigar a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardoso. Ambos serão investigados por suposta obstrução à Justiça, em tentativa de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. O pedido de abertura de inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Para o deputado, o pedido de inquérito é uma ação bastante relevante para a crise política que o Brasil atravessa. “O alvo não é só a presidente Dilma, o ex-ministro da Justiça, responsável por indicar nomes para o STF, também será investigado. Essa ação é de enorme relevância para a sociedade brasileira, pois joga por terra aquele argumento usado por muitos de que uma senhora honesta está sendo julgada por senadores e deputados desonestos investigados pela Lava Jato”, disse.
O oposicionista criticou a escolha do futuro ministério do vice-presidente Michel Temer. O vice-presidente divulgou alguns nomes caso o impeachment de Dilma Rousseff aconteça.
“Dentre os nomes citados para ocuparem os ministérios se encontram duas pessoas que estão sendo investigadas pela Lava Jato, isso é um absurdo. Se essas pessoas ocuparem os ministérios Michel Temer com certeza começará seu governo com o pé esquerdo. É inadmissível que isso aconteça. O Brasil precisa de algo novo, espero que o ex-presidente mude de ideia”, complementou.
O deputado Gehlen Diniz voltou a falar sobre as mortes de bebês na Maternidade Bárbara Heliodora. Ele defende a instalação de um CPI para apurar o caso.
“Não insinuei nesta tribuna que o médico que fez o parto de um jovem na semana seria um homicida, eu afirmei. Eu quero saber o nome desse cidadão e o CRM dele, quero saber se a Polícia Civil está apurando o caso. Não é normal 35 bebês morrerem naquela maternidade num curto espaço do tempo. Só em janeiro 20 crianças nasceram mortas naquela unidade de saúde”, afirmou.
O oposicionista defende a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o que ele classifica de crime. “Só em janeiro 20 crianças nasceram mortas naquela unidade de saúde, isso é inadmissível. Defendo a instalação de uma CPI, é um crime o que está acontecendo na Maternidade de Rio Branco e se a gente não se manifestar continuará acontecendo”, falou.
Quanto à liberação de recursos no valor de R$ 230 milhões que foram anunciados pelo Governo do Estado para manutenção da BR-364, o parlamentar também se manifestou.
“Esses recursos não serão liberados, isso é uma mentira. Daqui a pouco a presidente Dilma sai do governo e eles culpam Michel Temer por não ter recursos para a recuperação da BR. Esse recurso não será liberado, isso é mais uma artimanha do governo do Acre”, concluiu.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac