Adailton Cruz cobra entrega do plano da saúde e reafirma apoio a projeto que veda gastos milionários com shows

Na sessão desta quarta-feira (1º), o deputado Adailton Cruz (PSB) destacou a necessidade de priorizar os servidores públicos e a saúde do Acre. O parlamentar reforçou apoio ao projeto de lei da deputada Michelle Melo (PDT), que proíbe o governo de contratar shows milionários enquanto houver atraso no pagamento de servidores e fornecedores.
“Conte com o meu apoio, com o meu voto. A prioridade tem que ser o bem-estar da sociedade. É inadmissível termos servidores sem receber gratificações enquanto se gasta em outras situações que não trazem resultado para o povo”, afirmou.
Adailton comentou ainda o relatório fiscal apresentado pelo governo sobre o penúltimo quadrimestre de 2025. Segundo ele, os números revelam uma realidade preocupante, mas com perspectiva de melhora. “Ficamos a 0,04% do limite fiscal. Isso significa que, se não houver descontrole, no próximo quadrimestre teremos brecha fiscal. O que é triste é que ontem era o prazo para a entrega do plano da saúde, e até agora não foi apresentado”, criticou.
O deputado, que é servidor da saúde, disse que continuará cobrando a valorização da categoria. “Se tivermos brecha fiscal e não tivermos plano, nossos servidores vão continuar sofrendo como sempre. Isso eu não admito. Vou gritar pela saúde e pelo nosso plano de carreiras até o último dia do meu mandato”, reforçou.
Na ocasião, Adailton convidou os parlamentares e a sociedade para participar da audiência pública sobre violência contra profissionais e usuários da saúde, marcada para o dia 10 de outubro. “É um debate necessário, pois estamos recebendo muitas reclamações graves sobre a segurança no atendimento”, destacou.
O parlamentar também comentou avanços e problemas em unidades hospitalares do interior. Ele comemorou a inauguração do Raio-X digital em Manoel Urbano, mas lamentou a precariedade de hospitais em Feijó e Brasileia. “Em Feijó, a construção do novo hospital voltou para estaca zero porque a obra estava mal feita. Já em Brasileia, pacientes sofrem com enfermarias e recepções sem ar-condicionado. Vamos acompanhar de perto essas situações e cobrar soluções”, concluiu.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale