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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Eber Machado demonstra preocupação com Programa Ruas do Povo

eber201015O 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Eber Machado (PSDC), disse na sessão desta terça-feira (20) que se reuniu com um grupo de associações e empresários para tratar dos problemas relacionados ao Programa Ruas do Povo. De acordo com o parlamentar, o projeto elaborado pelo governo do Estado que prometia asfaltar 100% das ruas do Acre vem sendo mal executado pelas construtoras.

“Semana passada me reuni com associações e empresários para tratar dos problemas ocasionados pelo Programa Ruas do Povo. É preocupante a forma como as obras estão sendo executadas em todo o Estado. A verdade é que o governo foi incompetente e não conseguiu cumprir sua promessa de asfaltar todas as ruas do Acre”, disse.

Dentre todos os problemas do programa, o que mais tem chamado a atenção, segundo o deputado, é a má qualidade das obras. Ele relatou que em alguns bairros de Rio Branco a instalação da tubulação da rede de esgoto e drenagem está sendo feita após o asfaltamento das ruas. “O problema é que para fazer a instalação dos canos do esgoto é preciso destruir parte do asfalto, o que acarreta também o desperdício de materiais. E após a instalação, as ruas ficam intrafegáveis.

O deputado comentou o relatório elaborado pelas associações e empresários, o qual afirma que 90% dos recursos foram disponibilizados para a execução do projeto, porém apenas 25% das obras foram concluídas. “No relatório, os empresários e as associações demonstram preocupação com o déficit absurdo que tem gerado revolta e denúncias a respeito da falta de responsabilidade com os recursos públicos e o mau gerenciamento. No relatório, eles também afirmam que o Programa Ruas do Povo foi largamente usado em programas eleitorais, sendo a principal plataforma do Plano de Governo”, destacou.

Para finalizar, Eber Machado afirmou que buscará respostas para o atraso na conclusão das obras. Ele quer saber quais os motivos que causam a demora dos serviços, uma vez que os recursos foram disponibilizados em sua maioria, porém apenas 30% delas estão prontas.

“Quero saber, por exemplo, por que se paga caro pelas obras e não há fiscalizações? Por que não há recuperação nas áreas que apresentam problemas? Por que existem bairros onde primeiro é feita a pavimentação e só depois a rede de saneamento? Quero saber por que há ruas asfaltadas, mas sem rede de esgoto? Por que o serviço oferecido é de baixa qualidade e, por fim, por que muitos empresários estão com medições atrasadas, uma vez que os recursos foram liberados no ato da contratação do empréstimo?”, considerou.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac