loader image

Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Edvaldo Magalhães comenta incompetência do Poder Público no socorro aos atingidos pelas águas

Na sessão desta terça-feira (27), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) trouxe à tona a preocupante realidade dos municípios do Acre afetados pelas enchentes, destacando a falta de preparo e ação efetiva por parte dos órgãos públicos.

Com um discurso incisivo, o parlamentar ressaltou a crise enfrentada por 17 municípios que já decretaram estado de emergência, evidenciando a desigualdade na resposta governamental diante da situação. “Estou acompanhando com preocupação a situação dos atingidos pelas águas. 17 municípios já decretaram estado de emergência”, disse.

O oposicionista destacou ainda a falta de planejamento e prevenção diante de uma realidade recorrente. Em um contraponto surpreendente, revelou que, enquanto as autoridades locais se engalfinhavam em uma disputa de vaidades durante o carnaval, a população sofria com as consequências das enchentes. “Dos 53 anos em que fazem medição, 42 anos tiveram alagação, portanto ela é previsível e o poder público não se preparou.”

Magalhães também denunciou a ausência de medidas básicas de acolhimento e preparação para lidar com a crise. Em vídeos apresentados durante a sessão, mostrou a falta de estrutura nos locais destinados ao abrigo dos desabrigados, ressaltando que nem mesmo o cadastro estava sendo realizado adequadamente.

“Os boxes no Parque de Exposições para receber os alagados deveriam ser feitos no mínimo um mês antes da alagação, já que pode alagar, as medidas precisam ser tomadas antes. Pare de fazer propaganda, porque o gesto humanitário não está acontecendo”, complementou.

O discurso do deputado expôs a falta de coordenação entre as esferas governamentais, evidenciando a ineficácia na prestação de assistência à população afetada. Enquanto isso, os cidadãos aguardavam desesperadamente por soluções, enquanto o governador e o prefeito se perdiam em divergências.

“A população está à espera da finalização do trabalho dos carpinteiros para poderem ser alojados. Um absurdo sem fim”, finalizou.

texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale