“Vamos continuar em busca do consenso”, afirma presidente Ney Amorim
Durante a manhã desta terça-feira (11), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), os parlamentares suspenderam a sessão para mais uma vez receber os professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac).
O presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), ressaltou que todas as vezes que os professores estiveram no Parlamento acreano em busca de apoio os parlamentares se prontificaram a ajudar. Disse ainda que até o presente momento as propostas que o governo fez foram rejeitadas pela classe, mas que o Poder Legislativo irá continuar mediando as discussões.
Ao final da reunião ficou decidido que o Sinteac irá formular um documento com as novas propostas dos professores para que seja dado fim à greve.
“O confronto não pode ser a essência do nosso debate. O governo apresentou as propostas e elas foram rejeitadas, mas nós continuaremos buscando um consenso entre as partes. A Aleac permanecerá aberta aos professores que nos procurarem para mediar esse diálogo”, disse o presidente Ney Amorim.
O que eles disseram:
“O tempo que a greve está durando e esse processo de radicalização tem desgastado ambos os lados. Eu acredito que os deputados serão solidários aos professores, que veem na Aleac uma ponte para o diálogo.” (Jenilson Leite- PCdoB).
“Às vezes me sinto impotente, porque tentamos fazer o intercâmbio entre governo e grevistas e não conseguimos. O governador se radicalizou de uma tal forma, que como parlamentar eu não sei mais o que fazer. Não queremos mais conversa, queremos uma solução”. (Eliane Sinhasique – PMDB).
“Peço desculpas ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação, mas me sinto no dever de criticá-los. Se vocês se acovardarem diante das ameaças do governo não conseguirão nada. Nós chegamos à beira de um abismo e o governo está conseguindo amedrontar o movimento grevista”. (Gehlen Diniz – PP).
“Proponho a esta Casa que convoque o governador Tião Viana e os 24 deputados para que possamos levar até ele todas as propostas dos professores. Até hoje não tive a oportunidade de ser recebido por ele e faço questão de mediar esse conflito”. (Jairo Carvalho – PSD).
“Sou contra o posicionamento do governo. Estão usando uma medida criminosa para amedrontar os professores que têm contrato provisório. Isso é ilegal!” (Chagas Romão – PMDB).