Deputada Eliane Sinhasique faz críticas à saúde pública do Estado
Em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (10) a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) questionou a administração de alguns setores públicos do Estado do Acre. Segundo a deputada, faltam administradores “qualificados” nos setores públicos.
“A verdade é que há falta de administração nos setores públicos do Acre. Faltam administradores competentes e qualificados para assumir cargos importantes no nosso Estado”, afirmou.
A parlamentar comentou ainda o assalto ocorrido na última segunda-feira, (08), na Fundação Hospitalar do Acre (Fundacre). Segundo Eliane, os assaltantes adentraram a unidade de saúde com facilidade devido à falta de segurança no local.
“Isso também é uma prova viva da falta de administração nos setores públicos do Acre. Os bandidos fizeram um verdadeiro arrastão na Fundação Hospitalar, médicos, pacientes e enfermeiros foram assaltados, o que é um absurdo. Onde já se viu isso, uma pessoa doente em cima de uma maca sofrer um assalto, e o que é pior, a empresa contratada para fazer a segurança do local foi descontratada e não colocaram outra no lugar, isso é um absurdo”, enfatizou.
A deputada pediu também que a Comissão de Direitos Humanos da Aleac apure as obras da unidade básica de saúde do presídio de Rio Branco. De acordo com a oposicionista, as obras da unidade encontram-se paradas e sem data prevista de retorno.
“A obra está parada pela terceira vez e sem nenhuma previsão para retornar. O local, que virou, inclusive, depósito, encontra-se totalmente deteriorado. Peço que a Comissão de Direitos Humanos apure o caso com o intuito de dar celeridade à obra”, disse.
Saúde pública
No Grande Expediente Eliane Sinhasique relatou o caso do senhor Francisco da Silva Azevedo, que teria ficado cego após receber atendimento médico e ter sido medicado nas dependências da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da Cidade do Povo, em Rio Branco.
Segundo informações divulgadas num site local, o paciente estava com fortes dores de cabeça e ao chegar à UPA foi atendido por um médico que, ao perceber que ele estava com a pressão arterial muita alta, prescreveu que o paciente fosse medicado com o Captopril, remédio utilizado para diminuir a pressão alta e no tratamento da insuficiência cardíaca, dilatando os vasos sanguíneos.
A deputada relatou que a esposa de Francisco da Silva procurou a Secretaria de Estado de Saúde [Sesacre], mas lá foi solicitado um prazo de 15 dias para que o problema fosse apurado, mas até a última segunda-feira, o problema ainda não havia sido esclarecido.
“Isso é um absurdo, quero saber qual será a atitude que o governador irá tomar para ressarcir esse homem. O senhor Francisco ficou cego de um olho, como será a vida dele agora? Ele é mecânico, como ele vai trabalhar? A esposa dele disse que falou com o pessoal da Ouvidoria da Sesacre e eles deram 15 dias de prazo. Agora, quase dois meses depois, ela ligou novamente e, pasmem, a atendente disse para não ela ficar ligando porque quando eles tivessem uma resposta eles iriam ligar”, afirmou.
Eliane Sinhasique disse que o caso não deve cair no esquecimento. Segundo ela, o caso do senhor Francisco da Silva é um exemplo de que a saúde pública do Estado do Acre está um caos. “Esse é apenas um dos casos que chegou ao nosso conhecimento, milhares iguais a esses acontecem no Acre só que ninguém fica sabendo. O mais absurdo disso é que nós pagamos para ter uma saúde pública de qualidade, tudo que a gente compra tem imposto embutido que é justamente para bancar todos os serviços públicos”, concluiu.
Para concluir, a deputada parabenizou o presidente da Aleac, deputado Ney Amorim (PT), pela instalação da Rádio e TV da Assembleia Legislativa do Acre que em breve estarão operando no Estado. “Estou muito feliz ao saber que a rádio e TV Assembleia serão instaladas em breve, vibrei muito com a notícia porque a população acreana terá a oportunidade de acompanhar sistematicamente os trabalhos do Poder Legislativo”, concluiu.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac