Gilberto Diniz denuncia que hospitais do interior não dispõem de aparelhos de raios X

O deputado Gilberto Diniz (PTdoB) disse na sessão desta quinta-feira, 10, que os moradores das cidades de Santa Rosa, Manoel Urbano e Sena Madureira sofrem com a falta de um aparelho de raios X na rede pública de saúde. Segundo o oposicionista, os pacientes que precisam ser submetidos ao exame de raios X têm que vir até a rede pública de Rio Branco através de uma ambulância do (SAMU), para a realização do procedimento. “Isso é um absurdo, a pessoa já está doente e ainda tem que ser transportada pelo SAMU para Rio Branco porque nos hospitais desses municípios não tem sequer um aparelho de raios X para atender a população. E como não bastasse a pessoa ainda é submetida a uma longa fila de espera para ser atendido”, disse.

O parlamentar seguiu afirmando que o Governo do Acre divulga uma saúde de primeiro mundo que não existe. “É só falácia. Tudo não passa de propagandas, um exemplo disso é um cidadão de Sena Madureira que sofreu um acidente há vinte dias e até hoje está na fila do PS de Rio Branco à espera de uma cirurgia, essa é a saúde de primeiro mundo que temos”, indagou.

Para concluir, o deputado comentou a realização de cerimônia de posse realizada ontem, 9, que reuniu mais de 100 aprovados no concurso da Educação, realizado pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Esporte (SEE) no fim de 2013. Os empossados irão atuar nos cargos de equipe de apoio e professores, distribuídos entre os municípios de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá, Xapuri, Acrelândia e Mâncio Lima.

De acordo com Gilberto Diniz, o que se vê nessas cerimônias de posse são acordos fechados em cima de uma plataforma política devido à proximidade das eleições. Ainda segundo o oposicionista, há por parte do governo um “desrespeito” com os educadores que passaram em concursos e ainda aguardam ser convocados pelo Governo do Estado.

“São muitos os professores que passaram no concurso e que ainda aguardam a convocação para atuarem efetivamente em sala de aula. Sou a favor da contratação, mas não da forma como o governo vem fazendo, usando a máquina administrativa e fazendo conversinha de pé de orelha, transformando a contratação efetiva em uma negociação. Essas pessoas estudaram para serem aprovadas nesses concursos, elas merecem respeito”, complementou.

Para o deputado, a contratação efetiva de educadores que passaram em concurso público virou “negociata”. “Essa política de toma lá da cá tem que acabar. É óbvio que precisamos de mais professores trabalhando efetivamente em salas de aula, mas o que estamos vendo nessas cerimônias de posse são acordos fechados em cima de negociatas por conta do ano eleitoral. Sabemos que as escolas estão precisando de professores, sendo assim Tião Viana deveria contratar mil educadores e não 100”, concluiu.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac