Deputado Edvaldo Magalhães diz que pela primeira vez servidores farão greve por falta de diálogo com Executivo

Durante sessão realizada nesta quarta-feira (04) o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) parabenizou a postura do secretário de Educação do Estado, Mauro Sérgio, que atendeu ao pedido dos parlamentares e veio à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) prestar alguns esclarecimentos. O comunista também se posicionou acerca da vinda de servidores da Saúde que alegam a falta de diálogo com a secretária de Saúde, e disse que é a primeira vez que pode ocorrer uma greve por esse motivo.
“O secretário de Saúde atendeu prontamente ao nosso convite e veio aqui explicar alguns pontos que apresentamos sobre demissões de professores. Foi uma reunião produtiva. Os números apresentados por ele estão dentro da normalidade do processo administrativo. Faço críticas pontuais e responsáveis e também sei reconhecer quando um gestor tem vontade de acertar. Agora voltaremos a nos reunir com os professores”, disse.
Sobre a visita de profissionais da Saúde que buscaram apoio junto aos deputados e anunciaram que irão fazer greve a partir de terça, pois não são recebidos pela secretária de Saúde, Mônica Feres, Edvaldo disse que é a primeira vez que uma classe de trabalhadores é obrigada a fazer greve para tentar ser ouvida.
“Se no ano passado algum deputado viesse a Tribuna dizer que o atual governo traria uma secretária de fora, que além de não conhecer nada sobre a realidade do Estado, ainda colocaria na mala coronéis aposentados para atuarem junto dela, certeza, seria linchado. O governador ganhou mais de 90% dos votos desses trabalhadores e o troco que ele dá é esse”, declarou.
O comunista seguiu dizendo que o governador Gladson Cameli (PP) se elegeu fazendo discursos de humanização na Saúde, mas que tem uma atitude contraditória, estabelecendo o “não diálogo”. Também falou aos servidores que, na próxima terça-feira (09), o Poder Legislativo estará de portas abertas para recebê-los.
Magalhães concluiu seu discurso afirmando que na Aleac não tem nem cinco deputados que apoiem as ações da secretária de Saúde, Mônica Feres. Disse ainda que o governador Gladson Cameli desagregou ao colocar numa pasta tão importante alguém que não é capaz de dialogar.
“Posso afirmar que aqui nesse Plenário não tem nem cinco deputados que apoiem as atitudes dessa secretária. Ah se o deputado Bestene falasse aqui tudo que ele sente, mas a maturidade dele o faz ficar quieto. A secretária desmontou a Fundhacre com argumentos frágeis e graves. Ela é incapaz de reconhecer as barbeiragens que faz, não consegue conversar com ninguém, pois não sabe nada de sistema de Saúde, tampouco da realidade do nosso Estado”, finalizou.
Texto: Andressa Oliveira
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac