Sobre caso de adolescentes envolvendo vacina do HPV Jenilson Leite afirma: “O Ministério da Saúde deve uma resposta à sociedade”

Na sessão desta quinta-feira (28) o 1º vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Jenilson Leite (PCdoB), demonstrou preocupação com o problema que envolve adolescentes que tomaram a vacina contra o HPV (Papiloma vírus humano) no Acre. As mães alegam que a vacina seria o motivo das sequelas severas que os adolescentes estão enfrentando.
O parlamentar manifestou apoio às mães e disse que o Ministério da Saúde precisa assumir o caso. “Essas mães que estão aqui hoje estão pedindo ajuda há muito tempo. No governo passado a Sesacre acompanhou o caso e apresentou, inclusive, uma proposta assistencial que, segundo as mães, não funcionou muito. Atualmente a Sesacre está sob direção de uma nova equipe e peço que a mesma se debruce melhor sobre este problema, essas meninas precisam de muito apoio”, disse.
Para o comunista, o Ministério da Saúde deve uma resposta à sociedade. “O Ministério da Saúde precisa agir, precisa pegar o problema para si. Uma investigação deve ser iniciada o mais rápido possível, eles precisam provar que não foi a vacina que causou essas reações. Isso precisa ser comprovado e não apenas falado. Tem mães com medo de vacinar os filhos, porque nada ainda foi esclarecido. O Ministério da Saúde não está dando a importância que esse assunto merece”, complementou.
Jenilson sugeriu que a sessão fosse suspensa após o Grande Expediente para que as mães pudessem ser recebidas pela Comissão de Saúde da Aleac. “Vamos entrar em contato com a Sesacre, solicitando a presença de um representante nesta casa. Nós precisamos resolver esse problema, essas mães precisam sair daqui pelo menos com um esboço de assistência social traçado”, salientou.
No Grande Expediente, Jenilson Leite retornou à tribuna para falar sobre o manifesto realizado na última quarta-feira (27), em frente à sede da Energisa (antiga Eletrobras Acre), em Rio Branco, para exigir o fim do reajuste de 21% autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os serviços no Estado.
O parlamentar foi enfático ao declarar que a Assembleia Legislativa do Acre não irá permitir esse aumento. Ele destacou ainda a forte presença de lideranças sindicais no encontro. “Este é apenas o início de uma luta popular, além de nossa luta jurídica. Não vamos aceitar de maneira nenhuma um reajuste dessa magnitude. Quero parabenizar os movimentos sociais e a presença dos sindicatos do Acre, estavam todos lá”, enfatizou.
Jenilson também falou sobre a reunião realizada após o manifesto com a direção da Energisa e dos encaminhamentos que foram adotados após o encontro. “Ficou bem claro durante a reunião que a pretensão da Energisa é fazer investimentos no Acre às custas do consumidor, com o nosso dinheiro, aí não dá. Disseram ainda que o reajuste de 21% é culpa da Aneel e não deles. Diante do que foi dito, nós decidimos tentar abrir uma porta de discussão com a Aneel e caso não se resolva o problema, procuraremos o Ministério Público”, explicou.
O parlamentar falou ainda sobre a possibilidade da abertura de uma conta judicial com o objetivo de impedir que a Energisa faça investimentos com o dinheiro do consumidor. “Seria uma alternativa a abertura dessa conta, podemos conseguir isso na Justiça para impedir que a empresa faça investimentos com o dinheiro do consumidor, pelo menos até que tudo se resolva judicialmente. Nós vamos trabalhar duro para que eles entendam que estão inviabilizando o desenvolvimento do Acre, energia cara não atrai investimento”, alertou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac