Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Gehlen Diniz se posiciona contra instalação de OS na Saúde

O deputado Gehlen Diniz (PP) destacou seu posicionamento em relação ao projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que terceiriza a administração na Saúde do Estado. Em discurso durante a sessão desta quarta-feira (14), o parlamentar também discorreu sobre a proibição da saída da castanha in natura do Acre. Ele afirmou ser contra a aprovação do PL e prevê a queda do preço do produto no período de supersafra.

Na tarde da última terça-feira (13), os parlamentares se reuniram para discutir o PL que institui a terceirização na administração da Saúde e instalação de uma Organização Social (OS). Diniz afirmou que irá votar contra o projeto e contabilizou que com o número de deputados que não apoiam a iniciativa, o documento não será aprovado no Poder Legislativo.

“Não pode haver nenhuma dúvida quanto ao posicionamento da oposição, somos nove parlamentares e todos contrários a aprovação dessa lei. Temos ainda o voto contra de alguns deputados da situação, que também não concordam com esse absurdo. Vejo os servidores do Pró-Saúde dia após dia aqui, lutando pelo direito de trabalhar, não é fácil passar por isso. Vocês representam o povo acreano e estamos ao lado de todos”, garantiu.

Em relação ao Projeto de Lei n° 111, de 2017, de autoria do deputado Heitor Junior (Podemos), Gehlen Diniz se posicionou contra a aprovação. De acordo com ele, proibir a saída da castanha in natura do Estado prejudicará as negociações e vendas do produto, que provavelmente ficará retido, fazendo com que seu valor de mercado despenque.

“Esse PL praticamente obriga o produtor a vender sua castanha apenas dentro do Estado, fechando as portas para que sejam feitas negociações com outros países e até mesmo estados vizinhos. Irão acontecer audiências públicas, mas não entra na minha cabeça que eliminando a concorrência o preço não vai despencar, porque vai. A urgência com que estão tratando essa aprovação também é algo preocupante. Não podemos agir assim, ou as pessoas mais pobres, que vivem da atividade de coleta desse produto, serão as mais prejudicadas”, ajuizou.

Andressa Oliveira
Agência Aleac