Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputada Eliane Sinhasique lamenta contaminação de criança por transfusão de sangue

A deputada Eliane Sinhasique (MDB) discursou durante a sessão desta terça-feira (27) sobre o contágio por HIV de uma criança de quatro anos, por meio de transfusão de sangue. A parlamentar disse que é uma situação lamentável e que expõe a fragilidade do cuidado com o sangue, que é falho, e expõe a riscos quem o recebe.

A menor que recebeu sangue durante uma transfusão está fazendo tratamento para leucemia. Eliane Sinhasique lamentou o ocorrido e observou que homossexuais são proibidos de serem doadores, o que ela destaca como preconceito. No entanto, não há cuidados essenciais com o sangue que é coletado.

“Como é que não submetem o sangue e as plaquetas a uma rigorosa análise? Colocam homossexuais como promíscuos e os proíbem de doar sangue, mas não identificam um sangue infectado. Ou está faltando reagente químico para fazer o exame? É lamentável! Uma criança que já sofre com leucemia, agora também é portadora de HIV devido à falta de cuidado”, lamentou.

Eliane Sinhasique afirmou ser um equívoco dizer que o caso foi uma fatalidade. Ela também desmentiu que a mãe da menor esteja recebendo algum auxílio por parte da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre). A parlamentar pediu que a justiça seja feita e a família da criança seja indenizada.

“Dizer que é uma fatalidade é mentira, foi falta de zelo, cuidado. Dizem que estão oferecendo o apoio necessário à mãe, outra mentira. Eu espero que a justiça seja feita. Que essa indenização seja paga, apesar de sabermos que dinheiro nenhum no mundo paga a falta de saúde e o trauma que essa criança sofreu”, afirmou.

No tempo destinado ao Grande Expediente, Eliane Sinhasique se posicionou a respeito da investigação do Ministério Público relacionada à prefeita de Brasileia, Fernanda Hassen (PT). A parlamentar disse que quando se investiga políticos da oposição chamam de justiça e quando os investigados pertencem à situação alegam que estão sendo perseguidos.

“Quando a prefeita diz que é politicagem, que ela é vítima, mostra o quanto tentam descredenciar uma instituição como o Ministério Público, que deve ter total liberdade de agir, seja com situação ou oposição. Então com oposição é justiça, mas com a situação é perseguição? Fiz questão de ler todo o processo e não há nada de abusivo, as questões devem, sim, ser investigadas”, finalizou.

Andressa Oliveira
Agência Aleac