Deputada Eliane Sinhasique considera absurda decisão que proíbe enfermeiros de coletarem material para PCCU

Na sessão desta quarta-feira (18) a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) comentou a respeito de uma decisão dos gestores de saúde do Estado e dos municípios no tocante à coleta de material para o exame que detecta o câncer do colo do útero. Na recomendação, enfermeiros não podem fazer a coleta, apenas médicos ginecologistas.
A decisão, segundo a deputada, baseia-se em ação movida em desfavor da União que afirma que o profissional de enfermagem não pode receitar medicamentos e exames. Entretanto, a ação não recomenda que os enfermeiros não possam proceder com a coleta de materiais ginecológicos.
“Essa é uma decisão equivocada. Venho a esta tribuna indignada com o que estão fazendo com as mulheres do Estado do Acre. Elas estão sofrendo o maior golpe que elas poderiam sofrer porque os gestores da Saúde estão interpretando de forma equivocada a portaria. Isso significa que as mulheres do Acre não podem mais ter o seu exame coletado por enfermeiro, apenas por médicos. O que está acontecendo que os gestores da saúde estão interpretando de forma errada? O Conselho Federal de Medicina ajuizou uma ação contra a União. No entanto, os estados e municípios entenderam que os enfermeiros não podem mais fazer essa coleta do material para o PCCU. A ação diz apenas que enfermeiros não podem solicitar exames e não coletar material, como entendem os gestores da Saúde. Daqui que as mulheres consigam um exame na Fundação Hospitalar, o câncer já estará em estado avançado”, pontua Sinhasique.
Falando em segurança pública, a peemedebista disse que aguarda ansiosa pela vinda do presidente Michel Temer e governadores da Amazônia Legal. Ela frisou que é preciso adotar políticas implantadas em Nova Iorque e Medelín, cidades que já sofreram com os altos índices de violência e hoje são referências para o mundo em termos de segurança pública.
“Não vejo a hora de chegar o dia 27 para receber aqui o presidente Temer. O governador Tião Viana comparou o Acre à Colômbia de Pablo Escobar. Por que não adotamos as medidas que foram implantadas lá para vencer a criminalidade? Por que não adotamos o que Nova Iorque implementou para combater o crime e hoje se tornar uma das cidades mais seguras do mundo? Eu espero que possamos, de fato, ter atitudes práticas. De conversa, de papo furado e de pouca ação o povo está cheio”, disse a deputada peemedebista.
Finalizando, Sinhasique destacou que até o último dia 15 de outubro mais de 261 pessoas foram assassinadas em 2017. Desse número, 114 eram menores de 25 anos de idade. “Esses são os dados até o dia 15. Mas precisamos atualizar com dados dos dias 16, 17 e 18. Inclusive, uma mulher grávida morreu ontem na mesa de cirurgia, não resistiu. O bebê dela também veio a óbito. A filha dela, que também foi atingida, ainda está no hospital”, disse.
José Pinheiro
Agência Aleac