Deputado Jenilson Leite destaca seminário sobre construção da Ferrovia Bioceânica
O deputado Jenilson Leite (PCdoB) falou na sessão desta terça-feira (3) sobre a viagem que fez à China no mês passado. O parlamentar foi um dos representantes do Estado do Acre no seminário sobre a construção da Ferrovia Bioceânica, que integrará o Brasil ao Peru, sediado pela BJTU (Beijing Jiaotong University), em Pequim.
O acordo para construção da Ferrovia Bioceânica ou Transcontinental (Brasil-Peru) foi assinado em 2008, sendo que o estudo de viabilidade técnica custou 50 milhões de dólares custeados pela China, que propôs o projeto. A projeção de gasto para tirar o projeto do papel é de 200 bilhões de reais.
“Estivemos participando durante dez dias de várias reuniões e também de visitas a setores de construção de trens e ferrovias. O estudo apresentado pelos chineses, que torna a ferrovia viável segundo eles, é um dos mais viáveis das três possibilidades que existem. Eles concluíram com o estudo que o Norte é a alternativa mais viável para esse projeto. A ferrovia sairia de Goiás, entraria em Rio Branco e chegaria ao Peru através de Cruzeiro do Sul”, explicou.
Segundo o parlamentar, caso a ideia se concretize, o mapa econômico do país no tocante à saída e entrada de produtos mudará completamente. “Isso porque, a maioria das cargas que saem e entram no Brasil são a partir do Porto de Santos (SP) e Porto Paraguaçu, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), gerando grande fluxo de capital oriundos dos impostos. A mudança não será apenas na movimentação das exportações e importações, mas também na economia para os estados da Amazônia, principalmente para o Acre que sai da condição de isolado”, frisou o deputado.
Para Jenilson Leite, o seminário foi um momento importante e enriquecedor. “Participar desse seminário foi uma oportunidade única, vemos nesta casa inúmeras discussões sobre a BR-364 e pensar que na China eles constroem estradas até em cima do gelo, isso nos enche de esperança. Eu fiquei muito, mas muito feliz de ter tido a oportunidade de participar desse seminário”, finalizou.
Mircléia Magalhães
Agência Aleac