Taxistas intermunicipais são recebidos na Aleac; deputados formam grupo de trabalho para avaliar legislação

O presidente do Poder Legislativo acreano, deputado Ney Amorim (PT), suspendeu a sessão desta quinta-feira (4) para receber representantes dos taxistas que fazem o transporte intermunicipal no Estado. A categoria realizou um protesto e ocupou a galeria da Aleac para pedir providências em relação ao que eles classificam como indústria de multas, que está prejudicando a categoria.
Ney Amorim manifestou apoio a categoria e garantiu que o Parlamento acreano irá intermediar as reivindicações da melhor maneira possível junto aos órgãos responsáveis. “Esse é o papel desta casa, dialogar com as categorias, intermediando da melhor maneira possível junto ao governo do Estado. Fico feliz em saber que os taxistas entendem que este Poder pode representá-los nesta causa. Nos esforçamos diariamente para atender bem todas as categorias que aqui chegam. Iremos acionar as nossas Comissões e vamos trabalhar para dar todos os encaminhamentos necessários acerca das reivindicações da categoria”, garantiu.
O presidente da Comissão de Serviço Público da Aleac, deputado Eber Machado (PSDC), disse que é preciso tranquilidade para encontrar uma solução que beneficie os trabalhadores, dentro daquilo que a lei permite. De acordo com ele, é necessária “boa vontade”.
“O maior objetivo nosso é ouvir vocês e encontrar um caminho. Tem um provérbio que diz: quando se há boa vontade, sempre encontraremos o melhor caminho. Tenho certeza que muitos companheiros têm acompanhado a nossa luta. Reconhecemos a importância que essa categoria tem para a economia do nosso Estado”, ressalta Eber Machado.
Thalison de Andrade Marques, presidente do Sindicato dos Taxistas de Epitaciolândia, disse que estão tentando retirar o direito de trabalhar do cidadão. Ele denuncia que as multas aplicadas pela Ageac são abusivas.
“Está ficando impossível trabalhar diante de tanta perseguição. Somos trabalhadores, pais de família e só estamos pedindo que nos deixem ganhar o nosso sustento. Não podemos pegar passageiros em suas casas, nem nas estradas, somos multados por motivos absurdos. A Ageac está trabalhando só para nos prejudicar”, lamentou o taxista.
O sindicalista destacou que os taxistas lotação não podem buscar os passageiros em casa e nem às margens da BR. “Ainda querem implantar um bilhete de passagem que vai gerar mais impostos e gratuidade da mesma forma que é estabelecida para as empresas de ônibus. Querem que cedamos duas vagas de forma gratuita, mas não somos empresa para dispor de outras vagas para cobrir o custo disso”, enfatiza.
Não ocasião, os taxistas reivindicaram ainda que os deputados estaduais fizessem modificações na lei aprovada no Poder Legislativo, para que eles possam desempenhar suas funções sem as regras impostas pela Ageac. “Essas regras estão prejudicando o transporte de passageiros nos táxis lotação. Somos obrigados a pagar taxas, mas não temos apoio em nada. Isso tem que mudar”, finalizou Thalison de Andrade.
Por sugestão do presidente da Aleac, Ney Amorim, foi formado um grupo de trabalho discutir os pontos questionáveis da lei que atualmente regulamenta o serviço dos taxistas intermunicipais. O grupo será formado por deputados, vereadores de Rio Branco e representantes dos sindicatos dos taxistas intermunicipais. “Temos hoje um grande time. Desse modo, penso que podemos aproveitar e criar esse grupo de trabalho. Com ele formado podemos marcar a primeira reunião com a Ageac e discutirmos alguns pontos de gargalos que precisam ser resolvidos”, ressalta Ney Amorim.
Mircléia Magalhães, José Pinheiro e Andressa Oliveira
Agência Aleac