Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputada Eliane Sinhasique contesta afirmação de que 70 mil estudantes são beneficiados pela tarifa a R$ 1,00

Na sessão desta quinta-feira (16), na Aleac, a deputada Eliane Sinhasique (PMDB) afirmou que o argumento utilizado pela Prefeitura de Rio Branco de que são mais de 70 mil alunos beneficiados com a tarifa a R$ 1,00 é uma ‘falácia’. Ela frisou que se isso fosse verdade, Rio Branco precisaria de uma frota superior à existente atualmente.

“Estou estarrecida hoje com uma notícia que li informando que o prefeito Marcus Alexandre enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que beneficia 70 mil estudantes. Só posso dizer a vocês que o prefeito faltou às aulas de matemática. Imaginem 70 mil estudantes utilizando o transporte público ao mesmo tempo, seria um caos. Se colocarmos 60 alunos em cada ônibus, necessitaria de 388 veículos para transportar todo esse número de alunos. Pare de mentir, pelo amor de Deus. Não temos 70 mil alunos andando de ônibus nesta capital. Não teria espaço para trabalhador nenhum andar. Não justifica mais subsídio. Um aumento de 17% e utiliza a argumentação que existe 70 mil alunos na capital. Estão querendo dizer que o povo é burro, só pode”, enfatiza.

Sinhasique acrescentou que nem todos os estudantes têm direito ao benefício, conforme o pensamento da gestão municipal, isso porque eles passam por uma triagem para comprovar se o aluno estuda ou não há mais de 1 quilômetro da escola. Caso não comprove, não tem acesso ao benefício.

“O estudante para ter direito ao vale transporte precisa provar que mora a mais de 1 quilômetro da escola. Não é liberado indistintamente. Utilizam argumentos que não se sustentam, queremos, sim, abrir a caixa-preta para ver o quanto essas empresas faturam. Isso aqui é um dado maquiado. Essas contas e esses dados falsificados é de quem faltou às aulas de matemática”, salienta a peemedebista.

Outro assunto levantando por Eliane Sinhasique foi relacionado ao Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo). Ela frisou que o governo do Estado rompeu o contrato com a empresa que disponibilizava a plataforma eletrônica e passou a adotar o Sistema Nacional, porém o sistema é lento no cruzamento de dados. Ela citou o caso de um jornalista acreano que teve o carro roubado e há mais de 30 dias a placa do veículo não consta no banco de dados do Sistema Nacional.

“O governo do Estado rompeu o contrato com a empresa que disponibilizava o Sigo e aderiu ao Sistema Nacional que, infelizmente, é deficitário. O Sigo é o seguinte: se roubam um carro, você vai na delegacia e o número da placa do seu carro é inserido nesse sistema, para agilizar a busca dos veículos roubados. Há mais de 30 dias roubaram o carro do jornalista Jairo Carioca, mas até agora o número da placa do carro dele não entrou no Sistema Nacional. O Sigo no Estado do Acre não foi pago. A empresa que administra o Sigo não foi paga. O governo acha que as empresas têm que prestar serviços e não receber, não é assim que a banda toca. Resultado: prejuízo para o cidadão. Que governo é esse que dá calote nas pessoas”, finaliza a deputada.

José Pinheiro
Agência Aleac