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Assembleia Legislativa do Estado do Acre

Deputado Jesus Sérgio teme que PL do Executivo despeje mais de mil famílias de agricultores

O deputado Jesus Sérgio (PDT) apresentou na sessão desta terça-feira (6), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), requerimento solicitando informações do governo do Estado e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) acerca do projeto de lei que autoriza os Poderes Executivo e Legislativo a oferecerem 34 imóveis urbanos e rurais como garantia de um empréstimo para construção do Centro Administrativo do Acre.

Segundo o parlamentar, o requerimento tem como objetivo solicitar informações de modo a esclarecer e dar maior celeridade ao processo de tramitação e aprovação do projeto de lei que autoriza os Poderes Executivo e Legislativo a oferecerem imóveis em garantia, especificamente os imóveis rurais. Para o parlamentar, se faz necessário esclarecer os impactos socioeconômicos e as sanções judiciais a que estarão submetidas milhares de famílias que residem nas áreas rurais do Catuaba, Carão, Corredeira, ambas em Rio Branco; Santo Amaro, Porto manso, Aquidabam e Fontenele de Castro (Xapuri); Bela Flor (Brasiléia); Seringal São Sebastião, Liberdade e Gleba Morungaba, ambas em Tarauacá; e Seringal Santa Cruz (Cruzeiro do Sul).

Para Jesus, as famílias que poderão ser despejadas dos imóveis passarão a integrar os bolsões de miséria da zona urbana das cidades acreanas. “Eu preciso dessas respostas para poder votar com tranquilidade esse projeto. Caso contrário, vamos ter mais violência, mais tráfico de drogas. Como podemos aumentar a produção se não temos áreas para produzir? O que quero garantir é que essas pessoas possam viver com dignidade em suas propriedades, com atenção e apoio do poder público que tem que assumir essa responsabilidade”, enfatiza.

O deputado disse ainda que recebeu denúncias de moradores da gleba Morungaba, uma das áreas dadas como garantia pelo governo, que mais de mil famílias que residem na localidade estariam apreensivas com o projeto que poderá ser aprovado na Aleac.

Mircléia Magalhães
Agência Aleac