“Não é terrorismo, é uma realidade”, diz Jenilson Leite sobre PL que prevê terceirizar Saúde

O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Jenilson Leite (PSB), disse que o projeto que prevê a terceirização da Saúde não pode ser pautado na Aleac num momento em que o Estado enfrenta uma pandemia. Ainda segundo o parlamentar, o PL não trata-se de “terrorismo”, mas uma realidade.
“Esse projeto não se trata de terrorismo como disse o líder do governo, mas de uma realidade escrita no papel chamada projeto de lei, de autoria do Executivo. Os servidores não estão tocando o terror com relação a esse assunto, respeitem os nossos trabalhadores. Esse projeto existe e a qualquer momento chegará a esta casa. Não podemos de maneira nenhuma permitir que isso aconteça, esse não é o melhor momento para se debater uma proposta como essa”, disse.
O oposicionista relatou ainda que durante a visita realizada ao Pronto Socorro de Rio Branco encontrou até pacientes sem Covid-19 ao lado de doentes do coronavírus. “Essa realidade está impondo não só no Acre, mas no Brasil inteiro. O serviço está precário, faltam equipamentos e espaço para atender a demanda dos pacientes de covid-19. Isso tudo mostra a urgência que temos em aprovar o projeto que concede um aumento de 50% de insalubridade aos trabalhadores”, enfatizou.
Jenilson Leite disse que se o Governo do Estado quiser melhorar o sistema pode fazer com contratações amparadas no decreto de calamidade pública, que, inclusive, já está reconhecido pela Defesa Civil Nacional. “Esse decreto abre precedentes para isso, se o governador quiser contratar que faça isso através do decreto de calamidade pública. O que não dá para acreditar é que no meio da pandemia o governo aproveite para querer terceirizar a saúde, não é momento para esse debate”, concluiu.
Texto: Mircléia Magalhães
Revisão: Suzame Freitas
Foto: Raimundo Afonso
Agência Aleac